Se você está pensando em deixar sua sociedade, o processo pode parecer complexo e difícil. Mas, com o planejamento correto, é possível garantir uma saída tranquila, preservando relacionamentos e assegurando o reembolso correto da sua participação.

Neste guia, vamos mostrar o caminho passo a passo para você sair da sua sociedade da forma menos estressante possível.

1º passo: analisar o contrato social

Antes de iniciar as negociações, é imprescindível consultar o contrato social da empresa. Esse documento pode conter cláusulas específicas sobre a saída de sócios, como direito de preferência, avaliação da participação ou até mesmo procedimentos a serem seguidos.

Infelizmente, a grande maioria das empresas usam contratos sociais genéricos, feitos por profissionais não especializados, só para economizar dinheiro.

Um contrato social bem feito pode garantir uma saída muito mais rápida da sociedade.

2º passo: a melhor saída é o acordo entre os sócios

Se o contrato social não falar nada, um acordo entre os sócios é a melhor forma para uma saída tranquila.

Muitas vezes, o maior problema surge quando os sócios não conseguem conversar ou entrar em consenso. Acredite, chegar a um acordo amigável, seja sobre a compra das quotas ou sobre os direitos e obrigações pós-saída, é a melhor solução para todos os envolvidos e pode evitar uma ação judicial demorada e muito cara.

Se o relacionamento com seu sócio estiver muito ruim, os advogados especialistas podem fazer esse meio de campo entre os sócios.  

3º passo: valor da participação

Um dos maiores desafios ao sair de uma sociedade é a avaliação do valor da sua participação. A falta de clareza sobre o valor justo das quotas da empresa é o ponto de maior discussão em muitas negociações.

O sócio que vai ficar, entende que a participação do que vai sair é menor. O que vai sair, diz que sua participação é maior.

É muito comum que as partes entendam que o valor da participação, é o mesmo valor que foi investido na empresa há tempos atrás, mas a verdade é que não é!

É fundamental contar com a ajuda de um perito especializado ou uma empresa de auditoria que possa fornecer um laudo técnico imparcial. Além disso, o contrato social e os acordos feitos entre os sócios anteriormente devem ser consultados para garantir que todos os pontos de valuation estão sendo respeitados.

Se você não garantir que a avaliação financeira seja justa, pode perder a chance de receber o que realmente merece.

4º passo: planeje a saída com antecedência

Sair de uma sociedade exige planejamento. Definir uma estratégia clara, com prazos, objetivos e passos a seguir, é essencial para que você consiga sair sem maiores dores de cabeça.

Com o suporte certo e o planejamento adequado, sua saída pode ser rápida e segura.

Procure um advogado especializado para guiá-lo neste processo. Ele será fundamental para garantir que todas as etapas sejam cumpridas, resguardando seus direitos e minimizando os riscos de conflitos futuros.

5º passo: alternativas em caso de conflito

Se o acordo não for possível, existem alternativas legais para garantir a sua saída, como a dissolução parcial da sociedade.

Você não precisa ficar preso a uma sociedade que não te traz mais benefícios. Existem caminhos jurídicos para proteger seus direitos.

Mas é preciso saber: uma ação judicial é sempre mais difícil, demorada e cara.

Conclusão

Se o contrato social não falar nada, os sócios devem negociar entre eles a venda da participação, atribuindo um valor, e estabelecendo outras regras para depois da saída, por exemplo: não concorrência, não aliciamento de empregados, cessão dos direitos autorais, etc.

Depois da negociação, é indispensável que tudo seja passado para o papel com o auxílio de um advogado especialista em empresarial.

Se você está passando por isso, procure um advogado especialista que tudo ficará mais claro.